Deuses de Metal

Um bloqueio.
Uma esquiva.
E o resto são lendas.

Hirotaro pisou na arena para sua última noite de duelos, mais duas lutas e conquistaria a liberdade.

Em uníssono, os sádicos que contemplavam os espetáculos de violência e morte entoavam seu nome em um mantra frenético. “Hirotaro! Hirotaro!”. A plateia aos urros vibrava toda vez que o líquido vermelho jorrava generosamente.

Na cabine especial, de frente para a arena, autoridades e governantes degustavam suas iguarias enquanto gabavam-se de seus samurais.

O Coliseu estava de volta.

Dentro da armadura DyuNingen, Hirotaro, o infeliz terceiro filho de uma família pobre, sentia o peito palpitar como se fosse sua primeira noite.

A armadura era um exoesqueleto de fibra de carbono, a forma semelhante às armaduras dos samurais. Possuía nas costas um reservatório que abrigava o compressor responsável pela alimentação dos músculos pneumáticos, cuja energia era fornecida pelo solo da arena.

O aparato potencializava o físico do lutador em dez vezes. Qual seria a graça de um novo coliseu com os mesmos humanos? Era preciso mais energia, mais brutalidade nos combates. As proporções dos duelos atingiam níveis sobre-humanos: saltos que se pareciam vôos, velocidades descomunais e golpes capazes de destruir uma casa.

O lutador segurava em uma mão o capacete, composto do elmo e da máscara retratando o rosto de um demônio; na outra, a katana de liga de titânio. O rosto castigado pelo arrependimento de todas as vidas interrompidas mirava o céu sem estrelas pela abertura circular da arena. Os refletores, que colocavam em evidência a área central do campo onde aconteciam as batalhas, não conseguiam iluminar o suficiente para expor as angústias dos que ali se digladiavam. A brisa, rara na cidade cravada de prédios, acariciava a pele grossa. Talvez fosse o beijo do destino na noite mais aguardada de sua vida. ”Nada mais vai me impedir…”.

O locutor da arena, próximo ao êxtase em seu entusiasmo, anunciava o início dos duelos da noite:

— Senhoras e senhores! Todos prontos para mais uma noite de CARNIFICINA!? — O público se manifestava em aprovação. — Na arena nós temos nosso campeão, o samurai mais espetacular que meus olhos cansados já testemunharam! Ele, o impiedoso, o mortal, o Homem de Gelo, HIROTARO HIRUKO!

O combatente franziu o cenho e ergueu o punho cerrado segurando a espada em cumprimento aos torcedores. Era imprescindível conquistar o apoio da multidão.

— Com quase sessenta mortes computadas em sua lista, Hirotaro irá nos premiar com o deleite de apreciar sua mortalidade e eficiência? É CLARO QUE SIM! — O locutor seduzia a plebe com suas falas cantadas. — Que entre então o desafiante!

O locutor apresentava o outro lutador, era apenas um animal a ser abatido. Um desafortunado. Outra vítima da cruel solução para os terceiros filhos, que nasciam sem direitos e eram condenados a viver à própria sorte. Os becos fétidos eram habitados por terceiros que dormiam na sarjeta, sempre solidários com mais um nascido na mesma ordem.

Surgiu da entrada oposta o combatente vestindo a DyuNingen, armado de uma naginata. O medo era perceptível no caminhar incerto, na rigidez dos ombros e nas mãos segurando a arma na frente do corpo. Como se tentasse criar uma barreira. Não era pra menos. Estava prestes a enfrentar o fenômeno prestes a se tornar uma lenda. Como Susanoo.

Hirotaro colocou o capacete, fez uma reverência ao oponente, foi correspondido. O locutor levou o microfone aos lábios e esbravejou apontando os combatentes:

— Que comece o combate!

Precisava encurtar a distância já que o alcance da naginata era maior. A clareza do plano não o tornava mais fácil, ainda mais em uma arena circular de cinqüenta metros de diâmetro.

Em lados opostos do palco do espetáculo, os combatentes correram um em direção ao outro, cobrindo vinte e cinco metros em menos de um segundo. O desafiante tentou uma estocada no abdômen de Hirotaro, que desviou a arma com sua katana e, em um movimento circular contínuo, tentou encerrar a peleja com um golpe no crânio do adversário. Bloqueando o poderoso golpe da espada com o cabo da naginata, o samurai tentou acertar um chute no peito de Hirotaro. Após desviar-se com perícia do chute de forma que ficasse frente a frente com o desafiante, Hirotaro soltou uma das mãos que pressionava o cabo da naginata com a katana e desferiu um potente soco no rosto do seu opositor.

Após ser arremessado próximo ao muro, o desafiante de Hirotaro pôs-se de pé novamente. Entretanto, estava completamente desnorteado pelo golpe que recebera. Antes mesmo que pudesse se recompor, se deparou com uma investida fulminante.

Hirotaro avançou sobre o desafiante ainda tonto, a katana, empunhada com ambas as mãos na altura do rosto, apontando para o coração da vítima. Em uma tentativa desesperada de defesa, seu adversário tentou um golpe reto e para baixo. Foi então que o Homem de Gelo demonstrou porque era tão querido e aclamado pelo público.

Aparou o golpe com a espada, deixando a lâmina adversária escorregar pela sua e atingir o chão, bem próximo aos seus pés. Girou e bateu com toda a força no cabo da arma do inimigo arremessando-a longe. Terminou o giro com rapidez e interrompeu o golpe fatal a centímetros do pescoço do oponente.

A multidão foi ao delírio, o telão da arena já reprisava em câmera lenta a demonstração de superioridade de Hirotaro.

Na cabine reservada ao topo da sociedade, Maho Dokuro regozijava-se com o desempenho de seu samurai. Empresária de sucesso, Maho recebia o retorno do investimento que fizera no terceiro de dez anos que recolheu das ruas. Após tê-lo sustentado e fornecido treinamento por mais dez anos, já tinha lucrado cem vezes mais do que esperava com seu samurai. O lucro vinha de lutas casadas e apostas feitas em sua própria cria.

A mulher baixa de aparência cadavérica só tinha como incômodo o acordo que Hirotaro a obrigara a fazer.

Nos becos sujos e esquecidos, Hirotaro, quando ainda criança, colecionava revistas sobre jardinagem que encontrava nos lixos. Na selva de concreto nunca havia visto uma cerejeira. Marginalizado e desprezado pela lei, o menino brincava na sujeira imaginando uma casa simples com a tão bela árvore ao lado. Um sonho inocente e providencial, que o sustentou durante os duros anos que viveu nas ruas se alimentando de restos.

O aparecimento de uma senhora generosa, que lhe prometeu um lar, trouxe de volta o brilho aos olhos do garoto. Começou a compreender o motivo de tanta generosidade e dos duros treinamentos, quando percebeu que seus companheiros às vezes não voltavam para casa. Vítimas do show mais badalado da cidade.

No seu quarto, tinha um retrato de uma cerejeira recortado de uma de suas antigas revistas, que apresentava a árvore completamente florida. O rosa sutil adormecia o garoto todas as noites.

Aos vinte anos, quando foi informado sobre a intenção de o terem acolhido, deu sua genial cartada. Ameaçou entregar a luta caso Maho não aceitasse o acordo, o trato de sua vida. Trinta noites de vitória em troca de liberdade e um pedaço de terra no campo. A velha não podia recusar, investira demais no jovem para descartá-lo assim, ele era brilhante demais. Ela concordou.

— É uma pena tamanho desperdício. Ele ainda traria bons lucros. — Sibilou a pomposa senhora ao dono da arena.

— O Deus das Tempestades não terá piedade, Maho-sama. — O dono da arena bajulava sua maior patrocinadora.

O momento mais aguardado do embate ainda não havia chegado, na multidão era possível ouvir pedidos de esquartejamento, espancamento e até mesmo súplicas de humilhação. Queriam que Hirotaro empalasse o desafiante.

O samurai, antes confiante, já teria decapitado o adversário sem titubear. Agora era diferente. A vitória já era óbvia. “Poupem a vida deste pobre homem”, suplicava em seu interior. A respiração ofegava, os músculos respondiam à incerteza com espasmos. Tão próximo de sua liberdade colocou-se no lugar do condenado à sua frente: e se fosse ele prostrado à mercê de algum outro samurai? Com certeza desejaria clemência, imploraria piedade. Sem a mesma firmeza no cabo da katana, ouviu uma súplica:

— Seja rápido, por favor…

Ajoelhando-se e oferecendo o pescoço ao coup de grâce, o desafiante aceitou seu destino. Hirotaro atendeu ao pedido do samurai. Lavou-lhe a honra e comprometeu a estabilidade emocional para o último duelo. As arquibancadas vibraram. Hirotaro sentiu o peito apertar e engoliu seco. Faltava apenas mais uma.

— É por isso que nos apaixonamos por este samurai. Imbatível e inigualável dentre os homens. — O locutor baixou o tom para dar dramaticidade ao discurso. — Porém, agora surge o seu maior desafio. O que decidirá se é digno de ultrapassar a condição humana, um duelo com um DEUS!

A platéia já sabia do que se tratava, vibravam loucos com o que estava por vir. O locutor prosseguiu, agora levantando a multidão:

— Direto das lendas e dos mitos, venerem a divindade, SUSANOO!

O samurai que carregava o nome do deus xintoísta do mar e das tormentas trajava uma DyuNingen prateada com adornos brancos. O capacete era liso, no formato de sua cabeça, viseira espelhada. Como arma empunhava a Kusanagi-no-tsurugi, nome da espada lendária que um deus removera da cauda da serpente de oito cabeças. Não era uma katana, era uma masamune. Uma espada com quase dois metros de lâmina.

A DyuNingen de Susanoo era maior, mais potente, com um compressor maior nas costas. Trapaça. Qualquer um se tornaria um “Deus” desta forma.

Susanoo era o único samurai livre na arena. Lutava por dinheiro, conquistou a liberdade de forma semelhante à que Hirotaro almejava. Fez um trato com seu senhor, mas o acordo que ofereceu era muito mais proveitoso.

Susanoo propôs continuar lutando, ofereceria ao seu senhor uma generosa porcentagem de seus lucros. O samurai se apaixonou pela própria história, pela lenda que criou na arena. O Deus das Tempestades era imprevisível, fulminante, uma indomável força da natureza. Não sabia fazer outra coisa, apenas matar. Especulações diziam que os anos na arena deturparam seu caráter, entretanto nada se sabia sobre o seu passado. Alguns chegavam a dizer que Susanoo não era humano, mas uma máquina. Susanoo se tornou um mito, um verdadeiro Deus para os seus admiradores.

Hirotaro sentiu medo. Sabia que não tinha chances, fraquejou e desejou fugir. Seu peito fervilhava de desespero e ódio. Maldita Maho! Vasculhou a arquibancada em busca da cabine de luxo. Conseguiu identificá-la, estava longe demais para ver sua expressão. Todavia, tinha certeza que sorria triunfante. Escorria-lhe veneno pela boca.

O misto de desespero e rancor serviria de combustível para Hirotaro, poderia até ser derrotado, mas não deixaria barato.

— O duelo entre homem e deus, entre herói e mito… COMEÇA AGORA!

Susanoo tomou a iniciativa, em seu primeiro ataque fez jus ao título. Um golpe bem bloqueado por Hirotaro, vindo pela esquerda. A potência a mais da armadura de Susanoo arremessou Hirotaro contra o muro. O samurai contou puramente com seus reflexos para se esquivar da investida seguinte. Susanoo golpeou a parede.

Bloqueios não seriam uma opção, ou seria arremessado para todos os lados até quebrar uma perna. As DyuNingen eram resistentes, mas não indestrutíveis. Hirotaro decidiu atacar também, encurtou a distância pela metade e saltou. Com joelhos à frente, preparava o golpe com a katana atrás da cabeça. A tentativa foi impedida pelo Deus das Tempestades, que parou sua masamune perpendicularmente à espada de Hirotaro. Logo em seguida, atirou o adversário ao chão fazendo um movimento circular com sua arma.

A diferença era estrondosa, Hirotaro não conseguia enxergar uma forma de vencer, perguntava-se se não enfrentava mesmo um Deus.

Ainda no chão, o praticamente derrotado samurai via seu sonho escapar-lhe por entre os dedos. E se havia uma culpada, era Maho. O que faz um homem que pode enxergar sua morte? Foge? Desespera-se e ajoelha implorando piedade? Estas não eram opções para Hirotaro. Com o coração batendo na garganta, decidiu que iria promover a melhor noite de diversão da vida do público nas arquibancadas.

Usou de toda sua experiência, todo seu treinamento para engrandecer o espetáculo. O desfecho seria sua obra prima.

Levantou em um salto, correu a toda velocidade contra o Deus da Arena. Desferiu um ataque sem objetivos, facilmente defensável. Após o bloqueio, recuou, distante o suficiente para ficar fora do alcance da Kunasagi. Continuou sua estratégia por mais alguns minutos, o locutor já estava sem voz, a multidão beirava o orgasmo.

Susanoo também parecia querer entreter a multidão, contentava-se em defender os ataques de Hirotaro e continuar com o teatro, desferindo ataques “frouxos”. Era possível ouvir risadas de dentro do elmo, as gargalhadas mais se pareciam com engasgos. Então Susanoo não era uma máquina. O Deus percebeu que um grande duelo com um “herói do povo” serviria para engrandecer ainda mais seu mito. Susanoo exalava o mais humano dos pecados, a vaidade. A mesma que o trairia no fim do duelo. O samurai encontrara o ponto fraco do supostamente imbatível inimigo.

O duelo tomou proporções históricas, poucos eram os olhos que conseguiam acompanhar a luta. Uma estátua seria construída em frente à arena em homenagem ao lendário embate. Herói contra Deus, samurai em ascensão contra mito estabelecido. Sobretudo, um duelo de homens.

Hirotaro lutava por liberdade, pelo direito de ser feliz.

Susanoo lutava por amor, lutava pela glória. Os vermes que pouco se importavam com os terceiros agora se curvariam diante um deles, o venerariam como um Deus.

Contudo, a encenação não continuaria para sempre.

Seis minutos após o inicio do verdadeiro espetáculo, o Deus se cansou da palhaçada. Defendeu-se de mais um ataque cenográfico e deu uma joelhada em Hirotaro, que voou pela arena. Percebendo seu fim e com mais medo do que nunca, o samurai colocaria em prática seu desfecho glorioso.

Alinhou-se com a cabine especial, enquanto se defendia e esquivava dos ataques de Susanoo. Bloqueou o impiedoso golpe descendente do adversário, a potencia do ataque o colocou de joelhos.

Um bloqueio.

Susanoo girou a arma para trás, em um movimento circular e tentou um ataque ascendente mirando o peito de Hirotaro. O samurai se esquivou, mas o capacete foi atingido e arremessado longe. Somente o capacete. Por sorte.

Uma esquiva.

Agora de pé e em posição favorável, girou sobre o próprio eixo e lançou a katana em direção à cabine especial. Ninguém nunca havia feito algo do tipo. Seu alvo, Maho. A arma cortou o ar com velocidade, atravessou o vidro da cabine como papel e encontrou seu destino. Perfurou a garganta da velha. Maho engasgava com seu sangue quando caiu para trás agonizando, morreu em poucos segundos.

Não estava aliviado ou feliz, ainda sentia-se temeroso.

Fechou os olhos aguardando o inevitável, estava de costas para o oponente. Pôde ver uma casa na colina, um cachorro deitado à porta a sua espera. Era feita de madeira, pequena e aconchegante. Ao lado, balançando com a brisa, a cerejeira. Sentiu novamente a brisa tocar-lhe o rosto, era uma noite generosa. Ao menos em relação ao clima, ameno. Então tudo se perdeu.

Susanoo, vaidoso como era, pousou a Kusanagi no ombro do samurai. Segurando a masamune com as duas mãos, puxou a arma para trás e preparou o golpe final. Soltou um forte grito junto do ataque em direção ao pescoço de Hirotaro. O teatro para a multidão enlouquecida custaria sua vida.

Hirotaro despertou de suas visões em um estalo e abaixou-se, desviando do ataque de Susanoo. Impulsionou-se girando seu corpo para trás. O deus não podia fazer nada, estava com as duas mãos na masamune e Hirotaro já estava com uma mão no seu queixo. O samurai deslizou para trás do oponente, colocou a outra mão no alto da cabeça do adversário. Estava com os dois pés nas costas do Deus das Tempestades. Hirotaro quebrou o pescoço de Susanoo, que desmoronou frente o peso do próprio corpo.

A multidão entrou em frenesi, saciada do que viera ver. Morte. Ninguém se importou com o ataque ao recinto dos poderosos, apenas continuaram o coro: “Hirotaro! Hirotaro!” Os animais que há pouco clamavam pelo Deus da Arena, agora veneravam Hirotaro. Como um cão que troca de brinquedo.

Alguns dizem que Hirotaro foi julgado e condenado pela morte de Maho. Uns dizem que está preso, outros que foi executado. Elaboraram teorias dizendo que ele era valioso demais para ser descartado, um samurai esplendido que derrotou um “deus” retornaria aos duelos em breve.

Tempos se passaram. A estátua na frente da arena em tamanho real de Hirotaro enfrentando Susanoo eternizou a lembrança do samurai que bateu o imbatível. O tempo não foi suficiente para resolver os problemas que continuavam os mesmos. Os duelos continuaram ceifando vidas e sonhos. Mas ele trouxe consigo um novo deus, Amaterasu. Empunhando a mesma Kusanagi-no-tsurugi que pertencera a Susanoo, DyuNingen espelhada e elmo com uma máscara de um lobo, tornou-se o novo ídolo na arena. O longo cabelo que escapava pelo elmo fazia as pessoas acreditarem que era uma mulher, assim como a Deusa xintoísta do sol.

Amaterasu era benevolente, concedia mortes rápidas e indolores aos seus oponentes. Sempre encerrava a luta com um golpe limpo e escultural. A plateia se deleitava com os longos duelos promovidos por Amaterasu.

Conspiradores diziam que era Hirotaro. Depois de derrotar Susanoo, o proprietário da arena o comprou, já que sua dona estava morta. Aproveitou-se da lenda para introduzir o novo samurai endeusado na arena, mesmo que nos mitos Susanoo tenha apenas presenteado Amaterasu com a Kusanagi, a história foi distorcida para manipular a plebe.

O estilo de luta e a tranquilidade eram semelhantes, mas não havia muito para sustentar essa afirmação. Para muitos não passava de lendas inventadas por sonhadores.

A única verdade que se sabia sobre Amaterasu era que morava em uma casa simples na colina, e que passava suas tardes apreciando a brisa à sombra de uma cerejeira.

Author: Lucas Rezende de Paula

Formado como técnico em eletrônica, Lucas Rezende de Paula trabalha na academia do pai e vai na contramão de tudo o que fez até agora se esforçando como escritor. Amante de filmes, jogos e livros, deseja um dia poder viver da escrita. Passa o tempo livre escrevendo e jogando Dota e tem uma alimentação saudável a base de bacon e refrigerante. Tem o apoio incondicional da família e da namorada na jornada pelo caminho tortuoso para encontrar a força e publicar um best-seller.

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