Marlon Ortiz, escritor nascido em Florianópolis, Santa Catarina, atualmente cursa Sistemas de Informação na UFSC. Gosta de misturar gêneros para criar histórias diferentes, especialmente ficção científica e fantasia, voltadas a explorar uma realidade igual a nossa onde alguma coisa é completamente diferente. Seu maior hobby são videogames e ver vídeos de receitas de torta que ele não vai conseguir fazer. Acabou de acabar um conto chamado “Uma Tempestade Determinística” que é uma introdução ao seu projeto maior, o livro “No Jardim do Demiurgo.” Os dois estarão na Amazon em breve.
Em “A Queda de Pleroma” vemos clones e os últimos humanos vivendo em estações espaciais. Você tem mais histórias para contar nesse universo?
Sim! Algumas delas já escritas, inclusive! Mas cada uma com personagens bem distintos, como um médico lutando contra uma epidemia em outra estação, e uma combatente ferida nas ruínas da Terra, esquecida pelos seus companheiros. A ideia é que as histórias acontecem em sucessão, mas não necessariamente com os personagens interagindo. Gosto da idéia de um universo que vai sendo montado com pequenas informações aqui e ali, ao invés de seis páginas dedicadas à infame “exposição”.
De onde veio a inspiração para escrever “A Queda de Pleroma”?
Do Mar! Pensei na humanidade fazendo contato com uma criatura marinha antiga e conseguindo sua imortalidade, e as coisas dando errado logo em seguida. Mas o conceito principal é que faz tanto tempo que ninguém se lembra, e embora imortais, os humanos originais não são mais do que uma dúzia. Queria fazer um conto sob a perspectiva dos filhos da humanidade, os clones chamados de marionetes, e como eles viveriam quando seus “destinos”, o propósito pelo qual cada clone foi criado, não importasse mais. Pensei em como mesmo após o fim da humanidade como conhecemos, alguns pensamentos como preconceito, fatalismo, ganância e corrupção ainda se mantém, e é preciso lutar contra esses impulsos sempre.
Quais são suas inspirações e referências na literatura e ficção científica?
Eu consumo de tudo, então provavelmente tudo o que eu já li, joguei e assisti escorre em tudo o que eu escrevo. Gosto muito mais de histórias que tem uma mensagem ambígua, que permita ao leitor preencher as lacunas com as suas próprias experiências. Gosto muito de King, especialmente da Torre Negra, e também de livros menos conhecidos como “Piquenique na Estrada”, “Neuromancer” e “Metro 2033”. Gosto muito de falar com as pessoas e ouvir de verdade, também. Descobri que você aprende muito com os outros quando realmente escuta, ao invés de “ouvir”, e tento por esses questionamentos, dores e aflições nas páginas.
Como funciona seu processo criativo?
Meu processo criativo se resume a ficar constantemente me forçando a parar de escrever para poder funcionar como um ser humano. Fico pensando em histórias malucas o tempo inteiro, e quando eu dedico uma ou duas horas ela geralmente vem em uma torrente. Esse conto foi escrito em uma hora! (O que fica claro para quem quer tenha olhado ele antes da edição…). Mas eu sempre tento elaborar uma ideia coesa, um tema, antes de colocar tudo no papel.
Tem trabalhado em algo novo que queira adiantar aos leitores da Trasgo?
Sim! Eu terminei um conto chamado “Uma Tempestade Determinística” que é um conto introdutório ao meu projeto, um livro de 120 mil palavras chamado “No Jardim do Demiurgo”, que estou terminando de editar. Tanto o livro quanto o conto são um misto de fantasia com ficção científica, realidade virtual, simulação, princesas, deuses e contos de fada, cheio de personagens femininas fodas e uma trilha sonora escondida em links dentro do texto. Estou finalizando a capa do conto, mas vai estar na Amazon! Quem quiser ler antes pode me pedir por e-mail também!
Onde quem gostou do seu conto pode acompanhar seu trabalho?
Acabei de criar uma página para os projetos, é só ir no fb.com/marlon.ortiz.nascimento que eu vou começar a postar tudo lá, inclusive os contos! O Tempestade vou disponibilizar de forma gratuita lá.