Há pouco mais de três anos eu plantava a semente do que veio a se tornar a Trasgo, essa revista incrível que nos enche de orgulho pela literatura fantástica nacional. Agora a edição 13 inaugura o nosso quarto ano no ar, dá para acreditar?
Dá sim. Porque cada edição é feita com muito suor, da escolha dos contos que aqui estão até todo o processo de leitura crítica, revisão, entrevistar todo mundo, e claro, montar os ebooks e publicar. É muito trabalho, mas do tipo que a gente faz com gosto e se sente feliz por contribuir com a literatura de gênero nacional, historicamente maltratada pelas editoras.
O ano passado foi especial: descobrimos que não estamos sozinhos. Com a abertura do Padrim da Trasgo encontramos um pessoal incrível que acredita no que fazemos e investe mensalmente (em dinheiro de verdade!) para que possamos continuar. Com a ajuda de cada madrinha e padrinho nós pudemos nos tornar "uma revista de verdade". O que isso significa? Que nós pagamos todo mundo! \o/
Sim, cada autora que publica na Trasgo recebe o seu quinhão. O mesmo vale para ilustração, revisão e para este editor que vos fala. Não é muito, mas é reconhecimento e profissionalismo. Ser pago para produzir, editar ou revisar literatura é um forte estímulo para que cada vez mais gente entre e continue nessa trilha. A Trasgo é mais uma iniciativa ao lado de outras revistas, projetos e editoras batalhando pela literatura de gênero nacional.
Juntos nós vamos conquistando terreno para contar a nossa história. Por isso eu e toda a equipe da Trasgo temos muito a agradecer. A cada madrinha e padrinho, leitora e leitor, compartilhamento ou tuíte.
Deixe-me aproveitar a ocasião para contar outra coisa: vem coisa boa por aí! Logo logo divulgaremos o financiamento colaborativo do nosso primeiro livro impresso: Trasgo: Ano 1, contendo todos os contos das quatro primeiras edições.
Nós vamos precisar de toda ajuda possível. Por isso siga a gente nas redes sociais, entre na nossa newsletter, e quando chegar a hora, colabore, compartilhe. Vamos provar que a ficção científica e fantasia brasileira são incríveis. Porque queremos fazer a Trasgo Ano 2, Ano 3, e assim por diante, e tudo depende desse primeiro sucesso.
E mais: temos outros projetos para sair esse ano, que será incrível. Obrigado por fazer parte da família. :)
Para esta edição, temos um conteúdo mais que especial: abrimos com "Babel", de Elisa Rovai, uma incrível ficção fantástica num cenário construído dentro e fora da lendária torre. Seguimos para "Na Fila do Check-In", um conto curto e divertido de Fernanda Castro sobre metamorfos e regras da companhia aérea.
"A Morte de Afrodite", de Maira M. Moura é um conto surpreendente, onde assistimos fascinados e horrorizados ao encontro de duas culturas. Agora, não se deixe enganar pelo título de "Aceita Viajar pela Empresa?", de Jéssica Borges, uma viagem por cenários incríveis e criaturas fascinantes.
Seguimos por "O Corpo-Seco", de José Abrão, uma fantasia à Brasil Colônia, com seres de orelhas pontudas, mortos-vivos e uma bela construção de mundo, com seus problemas sociais particulares. Encerramos com "Órion-Z3n", de Noan Moraes, pois afinal, quem é 100% hoje em dia?
Boa leitura, e um ótimo ano!
Rodrigo van Kampen e Equipe da Trasgo
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Créditos da edição
Organização: Rodrigo van Kampen
Revisão: Lucas Ferraz e Enrico Tuosto
Ilustração: Jânio Garcia
Autoras: Elisa Rovai, Fernanda Castro, Jéssica Borges, José Abrão, Maira M. Moura e Noan Moraes
Excelente revista. Vocês estão a fazer um ótimo trabalho.