Carioca de 20 anos, Amanda Duarte é autodidata desde os 12. Começou seu caminho desenhando chibis, mas em 2012 ganhou sua primeira mesa digitalizadora e migrou para o realismo. Já fez concepts para curta-metragens e ilustrações.
Fale de como foi a criação para a capa da Trasgo. No que se inspirou?
Eu sou aficionada por H.P. Lovecraft, foi um autor muito importante em diferentes fases da minha vida. Já viajei muito pelo universo de tentáculos e alquimia que ele criou e tento expandir suas fronteiras sempre que posso. Também me influencia o futurismo de Asimov. Autores são influências enormes no meu estilo, mais do que os pintores.
Sua arte tem um foco muito forte em mulheres. E não apenas isso, mas em mulheres diversas. Você acha que ainda falta muita representação na área?
Sim. Eu sinto uma falta enorme de mulheres artistas no meio. Enquanto o corpo feminino é um tema recorrente no mundo da arte (E dentro de amarras bem definidas), temos pouca oportunidade de estarmos no comando do pincel.
Quem são os artistas que mais te influenciaram?
Eu adotei a iluminação dramática de Rembrandt e Caravaggio nos meus trabalhos muito cedo, é um dos meus pilares. Também incorporei os temas um pouco irreais de Delacroix. Atualmente, sou fã de Suzanne Helmigh, Karla Ortiz, Leesha Hannigan, Ursula Dorada e, logo no início, Rovina Cai e Navate. Espero um dia poder trabalhar com todas elas. Todos tem em comum a criação de uma atmosfera que puxa o observador pra dentro da tela.
No que está trabalhando agora?
Vou começar uma série de retratos de Duna, que está nos meus planos há anos. E claro, estudar e estudar mais.
Deixe links para mais trabalhos seus.
