Cristina Pezel é Publicitária pela UFF e pós-graduada em Gestão da Educação pela UFJF. Quando adolescente, adorava escrever e era fã de jogos Adventure da Sierra e LucasArts, bem como de filmes de aventuras épicas. Em 2013 passou a dedicar-se à escrita. Em 2014 e 2015 ganhou prêmios literários nas categorias de poesia e conto. Finalizou em 2015 um livro infanto-juvenil e outro de fantasia épica. Atualmente escreve um livro de fantasia juvenil urbana.
“Envelope a Écadro” abre com as sensações físicas dolorosas de uma materialização. O que veio primeiro, esta ideia ou o restante do conto? Como é o seu processo de criação?
Essa ideia da materialização foi muito forte na concepção. Em minha cabeça, Écadro seria uma espécie de agente e já teria cumprido missões em outros planetas, assumindo formas diversas. Já fizera isso na Terra várias vezes também, em séculos diferentes. Isso dá pano pra muita manga…
O processo de criação de contos, pra mim, é muito sensorial e intuitivo. Na maioria das vezes eu me imagino na pele do personagem e me pego fazendo seus gestos. Parto de uma ideia inicial em forma de cena, com algumas amarrações centrais, e depois o personagem vai construindo seu próprio destino, encontrando seus obstáculos e dilemas. Às vezes parece que o conto se escreve por si só.
Écadro termina com um final meio amargo, enquanto descobrimos quem é realmente a peça mais importante na história. Você pensa em escrever mais sobre Beatriz?
Écadro revela-se um mero objeto na história. Beatriz é quem manipula tudo, em momentos temporais diferentes. A ideia do conto tem potencial para progredir para um livro de ficção científica, sim. Isso está na minha fila mental de produção.
Você comentou como escritores favoritos autores de épicos de fantasia como Tolkien, George Martin e C.S. Lewis, mas seu conto na Trasgo é muito mais voltado à Ficção Científica. E na FC, quais são suas referências?
Fantasia é realmente meu mundo… e no momento é meu foco, mas me pego escrevendo contos de ficção científica. Aliás, a primeira coisa que escrevi, ainda adolescente, era ficção científica (infelizmente um manuscrito perdido). Acho que no fundo tenho essa necessidade. Minhas referências na FC são Aldous Huxley e Isaac Asimov, e na televisão, Star Trek e Arquivo X.
O ano de 2014 parece ter sido ótimo para a sua produção, com premiação em diversos concursos nacionais. Desde quando escreve e o que motivou essa guinada para a literatura?
Tive um hiato literário na minha vida após escrever e perder meu manuscrito de ficção científica. Parei de escrever por um longo, longo tempo, e me dediquei a outras coisas (música, faculdades, pós graduação, filhos, etc). Em 2013 decidi retomar a escrita e havia uma demanda reprimida dentro de mim. Comecei a escrever meu livro e produzi um pequeno acervo de contos e poesias, e em 2014 mandei alguma coisa para concursos literários. Isso me motivou bastante a concluir meu livro de fantasia épica.
Pode nos contar sobre seu romance de fantasia Young Adult que terminou recentemente? O que mais tem guardado na manga para sair?
É um livro escrito com muito carinho e dedicação, e creio que vai agradar bastante ao público que curte desde Harry Potter, Crônicas de Nárnia até Senhor dos Anéis e Crônicas de Gelo e Fogo. Passa-se em um mundo fantástico pré-industrial. O manuscrito passou por leitura crítica profissional com ótimo feedback, o que me deu mais ânimo para publicá-lo. No momento estou à procura de um agente literário. Este ano está sendo muito difícil para novos autores, principalmente em se tratando de uma mulher no gênero fantasia épica. Mas minha esperança não esmorece! Espero que as editoras valorizem cada vez mais os autores e autoras nacionais.
Onde podemos ler mais conteúdo seu e saber mais sobre você?
Agradeço primeiramente a oportunidade. É uma honra fazer parte da revista! Tenho um site, cristinapezel.com.br. Tenho também uma página no facebook com meu nome (fb.com/cristinapezel). Lá divulgarei as novidades sobre meu livro e novos contos publicados. Aguardo vocês!