O Capricho dos Deuses

O impacto das espadas produzia faíscas e forçava a dupla a se afastar, observando com as armas em riste. Ambos esperavam o oponente cometer um erro para aplicar o ataque mortal.

De um lado, o homem tinha os cabelos escuros raspados. Grandes asas, semelhantes às de um pardal, estavam abertas e pareciam mais claras contra a sua pele escura, mas o peso da armadura limitava seus movimentos.

— Não vai vir?

— Damas primeiro, lembra?

— Você que pediu.

A mulher mantinha seus longos cabelos negros presos no alto da cabeça, olhos vermelhos como sangue seco e um sorriso enfeitavam seu rosto; divertia-se com a brincadeira. As roupas leves não a protegeriam da arma do oponente, mas não estava preocupada.

As asas negras como as de um morcego se agitaram e, em um vôo rápido, ela avançou. A espada, brilhando, mirava diretamente na garganta do adversário. Ele tentou se esquivar para o lado, no entanto recebeu um ferimento na lateral. Sangue escorria pela lâmina da jovem demoníaca, mas a aproximação foi o suficiente para que ele tivesse a vantagem que desejava. Sabia que não era fácil atingi-la, então perfurou a asa negra com sua espada, cravando-a no chão em seguida.

Ela gritou de dor e reagiu movendo a espada para o lado e tentando, mais uma vez, cortar o pescoço do homem. A armadura dele impediu um dano mais grave, e se rachou no processo. O sangue dela tingia o chão de pedra.

— Parece que te peguei, não é, Maia?

— Não pegou, não.

Ignorando a dor, Maia saltou para trás. Sua asa rasgando mais ainda no processo, mas preferia ser incapacitada de voar a ficar presa. Reprimindo outro grito de dor, escondeu suas asas, tremendo. Estava vulnerável, mas não era como se o outro fosse atacá-la repentinamente. O conhecia o suficiente para saber que ele não seria covarde.

Enquanto aguardava, o rapaz tentou parar o sangramento. Embora não fosse letal, o corte havia sido profundo. Tudo que conseguiu foi sujar os dedos com seu próprio sangue, fazendo uma careta de dor ao tocar o local fragilizado. A brisa suave acariciava a dupla, fria contra a pele úmida pelo suor, e trazia algum alívio.

— Pronto para continuar? – provocou Maia.

Em situações normais, teria aproveitado a distração, mas não queria fazê-lo. Apreciava a companhia e preferia ter uma luta mais honesta com o homem.

— Queria esperar mais alguns instantes, os pássaros devem cantar em breve.

— Só você mesmo, Samuel…

Ela revirou os olhos, mirando o sol que se erguia, enquanto ele tinha um semblante calmo e sereno. A clareira lentamente despertava, conforme o novo dia começava. O aroma da grama se misturava ao de sangue fresco, mas era fácil ignorar. Era um lugar que ambos apreciavam, e lamentavam derramar sangue um do outro ali.

Era fácil se esquecer do que estavam fazendo, conversar sobre tudo e nada ao mesmo tempo enquanto miravam o cenário, mas não podiam.

— VOLTEM A LUTAR.

A voz profunda ecoava por todas as partes, e embora suave, também conseguia ser intimidadora. Samuel suspirou, mirando Maia, que sorriu. Nenhum dos dois tinha o direito de escolher. Todavia, não havia qualquer sinal de raiva ou remorso no olhar deles. Novamente cruzaram suas espadas, atacando e se defendendo rapidamente. Quem olhasse de longe, facilmente poderia dizer que dançavam ao redor um do outro.


As ruas tinham pouco movimento e um grupo de curiosos se reunia ao redor de dois carros, metal amassado e vidros destruídos. Os ocupantes permaneciam inertes.

Duas crianças, de aproximadamente onze anos, se encaravam, sem qualquer sinal amistoso entre si. O rapaz, claramente frustrado, passava os dedos pelos fios escuros, enquanto mirava a menina de olhos vermelhos. Ninguém parecia capaz de ver qualquer um deles.

— Você não devia ser assim…

— E você não devia ser tão politicamente correto.

Mais uma vez, ele suspirou. Tentava manter a paciência, mas perante o sorriso debochado da garota, isso se tornava cada vez mais difícil.

— Mas isso é errado!

— E eu sou uma Pecadora, ou não reparou nas minhas asas e olhos?

Balançou a cabeça negativamente, mirando com tristeza o acidente. Foi algo pequeno, um simples acidente de trânsito, mas três vidas foram perdidas naquele momento. Sua missão era impedir que tais coisas ocorressem pela influência dos Pecadores, mas não queria usar a violência.

— Por que não tenta ser boa de vez em quando?

— Quando você for mal de vez em quando, que tal?

— Eu sou um Casto, devo ajudar as pessoas, não causar acidentes!

— Sua cara é engraçada!

Ela ria descaradamente do rapaz, que mais uma vez ficou frustrado. O que podia fazer com ela? Usar sua espada era tentador, mas como consolo, ela estava ocupada demais rindo dele para ferir outro inocente.

Talvez não notassem, ou não se importavam, mas dois seres os vigiavam atentamente.


Com movimentos graciosos, a jovem girava para o lado, evitando o ataque que acertaria diretamente em seu coração. Moveu a espada agilmente, em uma tentativa de acertar um local vulnerável, mas o oponente não tinha a intenção de facilitar para ela, reagindo com um chute. A armadura que cobria a perna colidiu com a lâmina ensanguentada, afastando-a. Querendo tirar vantagem da aproximação, o rapaz moveu sua arma horizontalmente contra a cabeça dela, que se abaixou antes de ser ferida. Antes que os fios recém-cortados tocassem o chão, ela tentou aplicar uma rasteira em Samuel, mas ele saltou para longe.

— Você não sabe brincar?

— Sei, mas também sei que é uma péssima ideia deixar você me derrubar.

— E como pretende evitar isso…?

— Não é como se você fosse capaz disso tão fácil.

— Ah, até parece.

Maia riu alto, ignorando os resmungos do rapaz. No entanto, o próximo olhar que ela lançou o fez perceber que o “desafio” não passaria em branco.

— Maia…?

— Aqui vou eu.

Um sorriso travesso cruzava os lábios da mulher, que avançou rapidamente. Ele ergueu a arma a tempo, para sua sorte. O som de metal colidindo contra metal mais uma vez ecoava, produzindo pequenas faíscas no processo.


— Salvar alguém mau é uma coisa boa ou ruim?

Perante a pergunta, o pré-adolescente travou. O menino mirou a garota de treze anos sentada no balanço, as asas negras relaxadas de forma que nunca havia visto, enquanto ele enfaixava a perna ferida. Olhos vermelhos fixos nele, aguardava uma resposta, enquanto o Casto se mantinha focado em sua tarefa. O único som foi o do vento agitando as folhas das árvores, ou dos carros que passavam vez ou outra ao longe. A praça só era ocupada pelos dois jovens, a madrugada fria fazia com que pequenas nuvens de vapor surgissem conforme falavam.

— Não sei… Talvez os dois?

— Está tentando me forçar a ser boa?

— Lembrar daquela conversa não é uma coisa boa?

Agora foi a vez dela desviar o olhar, fazendo uma careta perante aquelas palavras e murmurando algo que ele não entendeu. A curiosidade dele se tornou mais forte, e ao sentir que os olhos castanhos dele estavam fixos nela, voltou a mirá-lo. Tentava intimidá-lo, mas ele não recuou.

— Sou uma Pecadora, lembra?

— Você não é tão ruim.

Perante o olhar incrédulo da menina, o rapaz começou a rir. A morena ficou com a face vermelha de raiva, enquanto esbravejava que era a pior de todas e que iria matá-lo por isso. Ele não deu bola para as ameaças, continuando a rir da expressão raivosa e afirmando que ela não o atacaria.

— Qual o seu nome?

— Isso interessa?

— O meu é Samuel.

A Pecadora ficou alguns instantes em silêncio, enquanto ele ainda enfaixava seus ferimentos. Não fez perguntas sobre como ela os adquiriu, fato pelo qual era grata. Suspirou cansada, revirando os olhos.

— Maia.

— Prazer em te conhecer.

— Tanto faz.

Ele sorriu e ela virou o rosto. Ela se recusaria a agradecer, mas permitir que ele a ajudasse era um bom começo. Nenhum dos dois percebeu os olhares de desagrado daqueles que deviam obedecer.


— Já faz quanto tempo que estamos lutando?

— Não sei dizer… Quatro dias?

— Ei, sem descansar agora.

Perante a provocação, o homem se ergueu mais uma vez, com dificuldade. Apoiava o peso do corpo na espada ensanguentada, uma de suas asas estava quebrada e se arrastava no chão, a exaustão o impedia de escondê-la. A armadura estava rachada e quebrada, respirar era doloroso, mas um sorriso enfeitava o rosto manchado de vermelho.

A mulher não estava em melhor estado. A espada quebrada tinha a ponta cravada em sua perna, a arma fora substituída por uma lança que mais servia para apoiar seu corpo do que para lutar. Um dos braços se mantinha firme na região das costelas, em uma falha tentativa de aliviar a dor. As asas negras estavam abertas, embora uma ainda estivesse ferida. O pilar atrás de si estava destruído.

Ambos, apesar de feridos e cansados, chegando ao seu limite, não tinham nenhum sinal de raiva no olhar.

— Eu realmente queria uns cinco minutos de descanso…

— CONTINUEM.

Novamente uma voz ecoava por todos os lados, mas ao contrário da primeira vez, se mostrava mais impaciente. Maia parecia mais afetada, se encolhendo levemente perante a irritação clara daquele que havia se pronunciado. Samuel a mirou com preocupação e não fez perguntas, pois sabia que isso apenas pioraria tudo. Ambos respiraram fundo e tentaram continuar, os movimentos eram lentos e já não possuíam tanta força.

— Às vezes, queria poder te culpar por isso…

O outro sorriu de volta e, mais uma vez, as armas se encontraram.


— Como você virou uma Pecadora?

O adolescente mirava a garota ao seu lado. Ambos no topo de um prédio, ele sentado na beira e ela em pé. O vento forte balançava os fios de cabelo de Maia, que mantinha suas asas negras abertas, a sensação do vento gélido contra elas era agradável. A noite fria possivelmente seria estrelada, mas as luzes da cidade eram mais fortes.

— Já faz três anos que me pergunta isso, por quê?

— Já te disse, não é? Sou curioso.

A jovem o mirou de soslaio, aguardando que ele se pronunciasse. A dupla de dezessete anos permaneceu em silêncio.

— Se você quiser que eu pare de perguntar, só precisa avisar. Não quero entrar em um assunto que te deixe desconfortável.

— Como você virou um Casto?

O rapaz parecia confuso, mas ela apenas deu de ombros. Não diria o motivo da pergunta. Ele voltou a mirar a cidade, relembrando os acontecimentos que o fizeram se tornar o que era.

— É um pouco confuso. Lembro de muita fumaça e de que tentei salvar alguém, mas tudo desmoronou e ficou escuro. Quando acordei, era uma criança com asas…

Ela ficou em silêncio, parecendo refletir sobre algo que ele não sabia. Não invadiu o espaço dela, apenas apreciava o aroma da noite. Maia suspirou pesadamente, passando a trançar os cabelos escuros, um sinal comum de quando se sentia inquieta.

— Eu tinha um filho… Meu marido foi leva-lo para a praça e se descuidou… Ele foi para a rua e acabou sofrendo um acidente. Quando a ambulância chegou, era tarde demais.

Samuel a mirou com tristeza e esperou pacientemente, não desejando interromper a linha de pensamentos da garota. O rapaz já imaginava aonde aquela história iria terminar.

— Culpei ele, então…

Não foi preciso que ela terminasse de contar sua história para descobrir o que aconteceu. Ao cometer um pecado imperdoável, a alma da morena foi condenada a renascer como uma Pecadora.

— Depois peguei o carro, queria ir pra bem longe e rápido… Muito rápido… Não pensava em mais nada. Depois veio um barulho infernal e, bom, você já sabe. Quando dei por mim, estava com elas.

Ela olhava para suas asas. Houve silêncio entre eles mais uma vez. Ele fez um gesto, pedindo para que ela se aproximasse. Quando a moça estava ao seu lado, ele colocou a mão sobre o ombro dela, tentando passar algum conforto. Eram inimigos naturais, completos opostos, mas Samuel não a via daquela forma.

— Sinto muito…

— Não sinta, você não tem culpa.

— Eu queria poder ter te ajudado de alguma forma.

— Já está.


— Há quanto tempo fazemos isso?

— Tanto tempo…

— Ei, mantenha os olhos abertos.

— Sinto muito, mas não vai dar…

O rapaz tinha a respiração muito fraca, um filete de sangue escorria pelo canto de sua boca. Os olhos castanhos perdiam o brilho lentamente, se recusando a deixar o rosto da mulher com quem conversava. Feridas eram visíveis pelo corpo, mas a ponta da lança quebrada, ainda dentro de seu estômago, sangrava mais. As grandes asas estavam manchadas de vermelho. A morena sabia que falar estava exigindo muito dele, também sabia que o tempo de Samuel estava acabando, então optou pelo silêncio, mas ele se pronunciou.

— Nos vemos na próxima?

— Sim… Estou te devendo uns golpes certeiros…

— Estarei esperando…

O homem sorriu perante a promessa, antes que a última lufada de ar deixasse seu corpo. A mulher fechou os olhos dele, agora opacos e sem vida, acariciando sua face com ternura enquanto começava a desistir da batalha que se tornou respirar. Os cabelos longos, outrora presos para a batalha, estavam soltos e emaranhados. Seu corpo apresentava diversos cortes, com um realmente profundo cruzando seu tórax. Como ela teve forças para usar sua lança depois daquele ataque, ela não sabia. As asas negras estavam rasgadas, mas não havia raiva em seu olhar. Apenas carinho e tristeza.

— Não vou te deixar esperando.

Ela apoiou sua cabeça no ombro daquele que devia chamar de inimigo. Os olhos vermelhos se fecharam, soltando um último suspiro e então a mulher demoníaca rezou. Aquela loucura a feria de tantas formas, mas só assim ambos ficariam próximos novamente. Se fosse permitida uma chance…

Não pôde completar seus pensamentos; a vida finalmente a deixava. A última coisa que os olhos vermelhos viram foi uma pequena concha, que por algum milagre, continuou intacta, o que a fez dar um último sorriso.

Dois seres os observavam com desgosto. Ambos morreram novamente, mas sem desistir daquele sentimento que não sabiam definir.

— ESTÁ ERRADO.

— SIM, SERÁ CORRIGIDO.


A praia estava silenciosa, as ondas se formavam ao longe e quebravam na areia. O céu limpo permitia a visão privilegiada das constelações. Duas pessoas andavam em silêncio, seus passos invisíveis na areia, como se não existissem.

— Okei, Sam, admito, aqui é realmente agradável. — disse ela, coletando algumas conchas.

O rapaz sorriu triunfante, mas não comentou nada. Sabia que, se comentasse, ela iria dar um jeito de distorcer suas palavras e irritá-lo para sua própria diversão. O silêncio era confortável.

— Onde vamos parar?

O Casto a mirou confuso, tentando compreender o significado da pergunta repentina. Ela comparou algumas conchas e, as que não lhe agradava, jogava de volta no mar:

— O que nós somos?

Samuel não sabia o que responder. Deviam ser inimigos, mas fazia muito tempo que não se sentiam de tal maneira. Gostava da companhia dela, e achava cômico o seu olhar irritado.

— Não sei… Amigos, talvez?

Ela não respondeu de imediato, como se assimilasse a opção. Seus olhos vermelhos miravam o horizonte dessa vez, deixando o vento bagunçar seu cabelo.

— Talvez…?

— Talvez sim, talvez não, mas já é um passo, não?

Ela sorriu, abrindo a boca para falar algo, quando ambos sentiram a atmosfera ficar pesada repentinamente. Tornou-se difícil respirar e caíram no chão. Duas presenças familiares para ambos se aproximaram, e quando abriram os olhos, estavam em uma clareira. Pilares de pedra os rodeavam e o sol começava a nascer, mas a confusão não os permitia apreciar o momento, ou reparar na brisa suave e fria.

— LUTEM.

A ordem era clara e direta, ecoando em todas as direções. Olharam-se com receio, mas quando a ordem se repetiu, avançaram um contra o outro. Não havia escolhas, nem liberdade. Havia apenas a natureza de suas espécies e as ordens.


Um estava de costas para o outro, as cabeças baixas e temerosos com o que ia ocorrer. Os ferimentos haviam desaparecido e aguardavam a decisão, algo que era desnecessário. Já sabiam o que seria decidido, e que seriam condenados a se enfrentar mais uma vez. Já perderam as contas de quanto tempo estavam naquele loop infinito, morrendo pelas mãos um do outro, numa tentativa forçada de que se odiassem. Nunca tiveram sucesso.

— LUTEM.

A resposta já era a esperada, mas ouvir a sentença nunca se tornou fácil. Maia mantinha a cabeça baixa, mostrando-se submissa, assim como Samuel. Os dois se mexeram desconfortáveis, mas não começaram a lutar.

— LUTEM.

A voz que ecoava se mostrava impaciente. A morena olhou por cima do ombro, mirando o moreno, que suspirava, coçando a barba por fazer que não existia quando começaram a lutar. Estava inquieto, irritado com a situação, mas nunca se mostrou irritado com ela. Pela primeira vez, Maia ergueu a voz.

— Não.

O Casto a mirou com surpresa, não esperava que ela se rebelasse. Ela tentava se manter determinada, mas o medo era claro em seu olhar. Por alguns instantes, apenas o vento se fez presente. Ele continuou a observar a Pecadora, como se tentasse memorizar cada traço e cada linha de expressão que a mulher adquiriu nos olhos ao longo dos anos.

— LUTEM.

O tom autoritário e irritado fez ambos se encolherem. Se viam divididos, não querendo irritar seus superiores, mas também não querendo continuar a se enfrentar. Estavam cansados da situação, desejando uma saída para tudo.

— Nos deem uma chance de viver. Nos façam humanos se for preciso, tem que haver outra forma.

Agora era Samuel que argumentava, sua frustração facilmente perceptível. Novamente o local ficou em silêncio, enquanto aguardavam a decisão dos superiores. Samuel e Maia oravam para que os permitissem viver e dar nome para o que acontecia entre ambos, que dissessem “sim” para seu pedido.

— LUTEM.

Author: Carolina Menegotto

Carolina Menegotto nasceu e mora em Porto Alegre. Atualmente cursa a faculdade de Game Design, com formatura prevista para o final de 2018. No tempo livre, gosta de escrever contos, ler, ouvir música e praticar no teclado. Pretende unir sua paixão pela leitura e escrita com sua formação, seguindo carreira como roteirista e escritora. Este é o seu primeiro conto publicado, graças ao incentivo de seu professor de roteiros.

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